O cigarro é composto por cerca de quatro mil substâncias nocivas. Uma delas, por exemplo, é o alcatrão, que é responsável directo pelo aparecimento dos cancros de pulmão. O outro é o monóxido de carbono, por sua vez relacionado com as doenças cardiovasculares. Fumar faz mal à saúde, não há dúvidas, e hoje sabe-se também que o cigarro tem um impacto ainda maior nas mulheres – estas têm mais cancro de pulmão do que eles e também morrem mais de enfarte do miocárdio. Saiba o que ganha em deixar este vício, a curto, médio e longo prazo.
1. Poucas horas depois de ter deixado de consumir tabaco, há uma clara diminuição do cansaço com esforços. Outro dos benefícios imediatos é a redução da pressão arterial. De acordo com o médico Pais Duarte, Especialista Graduado de Medicina Interna do Hospital de S. José, “esta desce para valores anteriores aos do último cigarro”. Oito horas depois de se ter fumado o último cigarro, dá-se “uma redução rápida da taxa de monóxido de carbono no sangue para valores normais”.
2. Outra das vantagens tem a ver com a “diminuição da mortalidade e da morbilidade – incapacidade – com a duração da abstinência, embora mantendo-se superior aos não-fumadores”.
3. Nas doenças cardiovasculares: segundo o especialista, “apesar do ateroma – placa de aterosclerose – propriamente dito poder regredir lentamente, os fenómenos de trombose, espasmo coronário, arritmia e anomalias do transporte de oxigénio revertem precocemente, explicando a rapidez dos benefícios”. A possibilidade de “enfarte do miocárdio desce 24 horas depois” e, num período de cinco a 20 anos após a suspensão dos hábitos tabágicos, o risco é idêntico ao do não-fumador. Após um ano, o risco de doença coronária é metade da de um fumador”.
4. O fumo do cigarro é um factor de peso da asma, doença inflamatória crónica das vias aéreas. E também o principal agente de risco da Doença Pulmonar Crónica Obstrutiva (PDCO), uma combinação de bronquite crónica e de efisema (patologia em que os alvéolos pulmonares se encontram afectados, na qual persiste dificuldade na circulação de ar para dentro ou para fora dos pulmões). Cerca de 85 por cento dos casos de PDCO fica a dever-se ao tabaco.
O risco destas doenças diminuiu ao fim de 10 anos de se ter deixado de fumar. À semelhança do que acontece com as doenças cardíacas, é preciso esperar alguns anos para recuperar, o que só vem reforçar a ideia de que quanto mais cedo se deixar de fumar melhor.
5. Deixar de fumar também “diminui muito a incidência de doenças directas do tabaco”, nomeadamente uma pouco conhecida, “a artrite dos membros inferiores, uma obstrução causada por má irrigação”. A evolução desta patologia pode tornar-se bastante séria, obrigando a uma intervenção cirúrgica vascular.
6. Recupera-se o sabor e o cheiro quase de imediato, o que leva muitas pessoas a mudarem os seus hábitos alimentares. “O risco de problemas periodontais (que afectam o ligamento periodontal e o osso alveolar, estrutura que suporta os dentes na cavidade oral) e de coloração dos dentes também vai diminuindo ao longo do tempo.”
7. A pele, o maior órgão do nosso corpo, reage de uma forma extraordinária à cessação tabágica. Desbloqueado o circuito do oxigénio, a cútis torna-se mais limpa e luminosa, rejuvenescendo visivelmente. Estes resultados vêem-se logo ao fim de uma semana.
8. A disfunção eréctil, um problema não confessado que afecta os fumadores, “regride em algumas semanas”, e a fertilidade feminina e masculina, que é outra dificuldade intrínseca ao cigarro, é igualmente recuperada. Por último, “o abandono do tabaco antes da gravidez e nos três ou quatro primeiros meses reduz o risco” do bebé nascer com “baixo peso”.
9. Ao deixar de fumar, as mulheres estão a diminuir o risco de climatério antes dos 45 anos de idade. E, neste sentido, estão a baixar o risco de osteoporose e de doenças cardíacas. É que os estrogénios, cuja produção diminui com a menopausa, protegem o coração, as artérias e os ossos.
10. O cancro oral, o do esófago e o do pulmão são as três doenças cancerígenas associadas ao consumo do tabaco. Quando deixa este vício está a combater o problema também nestas três frentes. Documentação científica demonstra que após cinco anos sem consumir tabaco, o risco de cancro do esófago é reduzido para metade. O mesmo acontece com o cancro do pulmão ao fim de 10 anos.
PARAR É POSSÍVEL!
· Há quem consiga deixar de fumar sozinho, com uma enorme força de vontade. E há quem precise de uma ajuda especializada
· Estes últimos poderão contar com consultas específicas para o efeito: as Consultas de Cessação Tabágica estão disponíveis em cada vez maior número de clínicas privadas e Hospitais Públicos
De qualquer forma, saiba se este serviço está disponível no Centro de Saúde da sua área de residênciaO cigarro é composto por cerca de quatro mil substâncias nocivas. Uma delas, por exemplo, é o alcatrão, que é responsável directo pelo aparecimento dos cancros de pulmão. O outro é o monóxido de carbono, por sua vez relacionado com as doenças cardiovasculares. Fumar faz mal à saúde, não há dúvidas, e hoje sabe-se também que o cigarro tem um impacto ainda maior nas mulheres – estas têm mais cancro de pulmão do que eles e também morrem mais de enfarte do miocárdio. Saiba o que ganha em deixar este vício, a curto, médio e longo prazo.
O QUE DIZEM AS ESTATÍSTICAS?
O mais recente trabalho, realizado através da análise do Eurobarómetro 2010 sobre o consumo de tabaco na Europa, a Linha SOS Deixar de Fumar (808 208 888) conclui que mais de um milhão de portugueses deixou de fumar
· Os dados dizem ainda que 80 mil pessoas deixaram de fumar ao longo de tês anos
· Apesar de se assinalar uma evolução positiva, Portugal ainda está longe de alcançar os números dos países do Norte da Europa, onde a percentagem de população com mais de 15 anos que deixou de fumar é bastante significativa – Portugal regista 13%, a Suécia e a Dinamarca 31% e os Países Baixos 33%
· A Organização Mundial de Saúde (OMS) está preocupada com o crescimento do número de mulheres fumadoras, que equivale a 20 por cento dos mais de mil milhões de consumidores mundiais.
Fonte: Máxima novidades em Saúde
Fonte: Máxima novidades em Saúde
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